domingo, 3 de novembro de 2013


Animais de Interesse Zootécnico

   
   Tem dúvidas sobre animais de interesse zootécnicos? Seriam os animais domesticados com interesse comercial ou que produzem algum produto que vai ao mercado?

    Eles são conhecidos? Alguns são conhecidos  ex.: bovinocultura, avicultura e suino cultura. E outros não conhecidos ou desconhecidos  ex.: miticultura e a malacocultura. Vamos apresentar todos eles.


Animais de interesse zootécnico:

Bovinos (bovinocultura)

Búfalos (bubalinocultura)

Ovinos (ovinocultura)

Caprinos (caprinocultura)

Suínos (suinocultura)

Equinos (equinocultura)

Coelhos (cunicultura)

Chinchilas (chinchilicultura)

Galinhas domésticas (avicultura)

Codornas (cuturnicultura)

Avestruzes (estrutiocultura)

Emas (rheacultura) 

Abelhas (apicultura)

Bicho-da-seda (sericicultura)

Minhocas (minhocultura)

Animais de água doce (aquicultura)

Peixes (piscicultura)

Salmão (salmonicultura)

Trutas (truticultura)

Camarões (carcinicultura)

Ostras, mexilhões e vieiras (malacocultura)

Ostras (ostreicultura)

Mixilhões (miticultura)

Organismos marinhos (maricultura)

Rãs (ranicultura)

Caracóis (helicicultura)

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Acupuntura protege o fígado do efeito de medicamentos


A acupuntura é uma boa alternativa para controlar os danos ao fígado causados pelo uso contínuo de alguns medicamentos. A constatação é do médico veterinário e acupunturista Alexandro dos Santos Rodrigues em sua tese de doutorado pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP. O trabalho investigou a influência da técnica milenar chinesa no controle de lesões hepáticas em ratos.

Animais recebendo aplicações de eletroacupuntura: cada ponto de aplicação é bilateral

“O fígado é responsável pelo processo de metabolização de medicações. Algumas pessoas tomam medicamentos continuamente e isso causa danos ao funcionamento do órgão. Este trabalho comprovou que a acupuntura pode ser usada para reduzir os prejuízos causados pelo uso contínuo de medicamentos agressivos para o fígado”, aponta.
Os animais que passaram por sessões de eletroacupuntura no ponto E36 (localizado na perna, próximo ao joelho) ou no BP6 (próximo ao calcanhar) apresentaram diminuição de lesões hepáticas. Na comparação entre esses dois grupos, a progressões das lesões foi menor nos ratos que receberam estímulo no ponto E36. “Na eletroacupuntura, as agulhas são conectadas a fios. Esses fios são ligados a uma máquina que envia um estímulo padronizado e contínuo para as agulhas”, explica o pesquisador.
O veterinário induziu as lesões hepáticas por meio da tioacetamida, substância já usada no passado como agrotóxico em lavouras. Atualmente ela é utilizada nas indústrias de couro, têxtil e de papel. No meio acadêmico, esta droga é usada por pesquisadores em modelos científicos de indução de lesões no fígado.
O experimento
O veterinário explica que existem vários graus de lesões no fígado: inicialmente, após repetidas agressões hepáticas, ocorre uma fibrose que, se não tratada, evolui até chegar à cirrose. Esta pode originar neoplasias hepáticas (câncer). “Sabemos que o fígado tem grande capacidade de recuperação, mas somente até um certo grau das lesões hepáticas”, explica.
Rodrigues trabalhou com 70 ratos wistar. Antes de iniciar o experimento, o médico colheu amostras de sangue onde avaliou oito marcadores sanguíneos ligados a lesões hepáticas. A dose de tioacetamina aplicada variou de acordo com o peso de cada animal.
Caixa de indução anestésica: pesquisador adaptou objetos para anestesiar vários animais ao mesmo tempo
Para poder aplicar as sessões de eletroacupuntura, o veterinário optou por usar o anestésico isofluorano, por via inalatória.“A maioria dos anestésicos comuns interfere de forma significativa na função hepática, e isso poderia prejudicar os resultados”, conta. A dose usada foi a necessária para manter os animais em semiconsciência. “Quando a agulha da acupuntura é inserida na pele, ela causa um estímulo que percorre via nervosas do corpo chegando até a medula óssea. Através da medula, a informação chega no cérebro, onde neurotransmissores se encarregam de emitir respostas que são transmitidas e agem em um determinado local do corpo. Se os animais ficassem totalmente sedados esse fato também poderia interferir nos resultados”, completa.
Os animais foram divididos em 7 grupos: sadios (que não passaram por nenhum tipo de intervenção); controle para tioacetamida (aplicação apenas desta droga); controle para isofluorano (aplicação apenas deste anestésico); um grupo com aplicação de eletroacupuntura no pontos E36 (localizado na perna, próximo ao joelho) e outro no BP6 (próximo ao calcanhar). Os dois grupos restantes, E36s e BP6s, receberam aplicações em pontos “falsos”, ou seja, em lugares próximos aos pontos verdadeiros (E36 e BP6), mas que não resultariam em nenhum efeito ligado a proteção hepática.
Após a pesagem e a aplicação da tioacetamida, os animais eram sedados e, em seguida, recebiam as aplicações de eletroacupuntura durante 20 minutos. Na quarta semana do experimento, o pesquisador aumentou todas as doses de tioacetamida em 10%. Ao final das sete semanas, o médico colheu novas amostras sanguíneas para avaliar os oito marcadores.
Resultados
Todos os animais que receberam doses de tioacetamida apresentaram lesões no fígado. Mas nos grupos sem uso de eletroacupuntura, as lesões hepáticas eram muito maiores. “Percebemos que no grupo controle para tioacetamida ocorreram danos consideráveis no fígado. Também encontramos muitas alterações ligadas aos oito marcadores de lesões hepáticas”, conta o pesquisador. “Já no grupo controle para isofluorano, também constatamos que o fígado apresentava lesões, apesar de este anestésico ser considerado seguro contra ocorrência de danos hepaticos”, aponta.

As lesões hepáticas eram muito maiores nos animais que não passaram por eletroacupuntura
Rodrigues lembra que a hepatite C atinge de 2,5 a 4,9% da população brasileira. Já a cirrose hepática está entre as 10 maiores causas de morte no mundo ocidental. Não existe tratamento para estes casos, sendo que a única opção é fazer um transplante de fígado. “Pense em alguém que precise tomar, diariamente, um medicamento que cause uma reação muito forte no fígado. O órgão seria afetado mesmo se estivesse em condições normais. Agora imagine se esta pessoa já estiver com o fígado comprometido devido à hepatite C ou à cirrose”, questiona o pesquisador. “A acupuntura poderia ser usada como uma maneira de barrar grande parte dos danos ao fígado provocados pelo medicamento.”
A pesquisa de Rodrigues A influência dos pontos de acupuntura Zusanli (E36) e Sanyinjiao (BP6) no desenvolvimento de lesões hepáticas induzidas por Tioacetamida, em ratos Wistar, foi apresentada no último mês de dezembro. O professor Francisco Javier Hernandez Blazquez, da FMVZ, foi o orientador do trabalho. A professora Ângela M.F. Tabosa, do Setor de Medicina Chinesa e Acupuntura do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi co-orientadora do estudo.



O QUE É ZOOTECNIA ?


A zootecnia é a ciência aplicada que trata da adaptação dos animais domésticos ao ambiente criatório e deste aos animais com fins econômicos. É também a arte de criar animais.Como ciência deriva diretamente da biologia como uma zoologia aplicada, pois ao conhecimento biológico do animal se aplicam os princípios da economia.Pode-se definir zootecnia como produção animal e seu objetivo como "produzir o máximo, no menor tempo possível, sempre visando lucro".

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Divisões na Zootecnia

                                        Divisões 


    A zootecnia tem dois grandes corpos de conhecimento, um fundamentador, a zootecnia geral, que reúne teorias e princípios aplicados a todos os animais domésticos englobando disciplinas como anatomia, fisiologia, genética, climatologia, higiene e profilaxia e etologia. O outro grande corpo de conhecimento, a zootecnia especial, estuda a criação de cada um dos animais domésticos: bovinocultura, avicultura, suinocultura, ovinocultura, equinocultura, caprinocultura, apicultura, piscicultura, sericicultura e cunicultura .



Fonte: http://w3.ufsm.br/zootecnia/index.php?option=com_content&task=view&id=15&Itemid=41

A zootecnia e a arte de criar animais de forma natural 

     
      A palavra zootecnia surge pela primeira vez em 1843, na língua francesa, “zootechnie”, formada por Gasparin a partir dos radicais gregos “zoon” e “tecnê”, para designar o conjunto de conhecimentos já existentes relativos à criação dos animais domésticos. Em seguida foi traduzida para os demais idiomas latinos de povos de cultura fortemente influenciada pela ciência francesa. A exploração dos animais domésticos já existia antes da criação da palavra, inicialmente tratada como a forma de criar a partir da domesticação dos primeiros animais pelo homem primitivo. O objeto da zootecnia é o animal doméstico, ou seja, o animal que pertence a uma espécie criada e reproduzida pelo homem, dotada de mansidão hereditária e que proporciona algum proveito ao homem.


Para atingir o estado de domesticação, a espécie animal deve possuir os atributos de:

visto
fecundidade em cativeiro, de modo que os indivíduos não precisem ser continuamente aprisionados para serem utilizados pelo homem, 
visto
ter tendência hereditária a mansidão, atributo pelo qual os animais que nascem no cativeiro aceitam facilmente o convívio com o homem e com outras espécies, 
visto
sociabilidade, característica das espécies dotadas de hábitos gregários, que permite a vida em bando, próprias dos animais em domesticidade.  


      As espécies que não possuem estes atributos permanecem selvagens, mesmo aquelas cuja domesticação foi tentada pelo homem, ou seria resultado do seu convívio com o homem, como é o caso da zebra, do chacal, do leão, do bisão Americano, do falcão e do papagaio.
      As espécies domésticas passaram a viver sob seleção artificial, isto é, uma seleção em que a luta pela vida foi substituída pela escolha feita pelo homem dos indivíduos que melhor atendem os objetivos da criação. Os efeitos da domesticação consistiram em modificações do temperamento, acarretando maior mansidão e docilidade, na diminuição dos órgãos de ataque, como os chifres dos bovinos, nos dentes dos suínos, nas garras das aves, na variação da cor dos pêlos e penas, no porte dos animais, além do aumento na produtividade de carne, leite, ovos, etc.
      A maioria das espécies domésticas apresenta vários grupos distintos, de grande interesse para a Zootecnia, chamados de raças. A raça é uma subdivisão da espécie, estabelecida e mantida pela ação do homem. Podemos definir a raça como um conjunto de indivíduos da mesma espécie, com origem comum e caracteres particulares semelhantes, sob as mesmas condições de ambiente, produzindo descendentes com os mesmos caracteres.
   O desenvolvimento da pecuária orgânica deve estar baseado no entendimento da natureza dos animais e de todos os efeitos que o meio ambiente possa exercer sobre estes e a zootecnia pode ajudar neste entendimento.
      O bovino, tanto para criação de corte, como para leite, como todo ser vivo, vive sujeito a um ambiente constituído pelo conjunto de condições exteriores naturais e artificiais.
     O ambiente exerce uma importância significativa na exploração dos animais domésticos. O estudo da climatologia animal, ou seja, o efeito do ambiente sobre os animais, pode esclarecer os pontos mais importantes para uma compreensão da relação entre o comportamento animal, o meio ambiente e o ser humano.
       A climatologia animal é um importante ramo da ecologia zootécnica, onde é estudada a relação entre os animais domésticos e o clima, além das condições naturais do ambiente que sofrem a influência do clima, sua principal condição. Os principais agentes do clima, com ação direta ou indireta sobre os bovinos são: temperatura, radiação solar, umidade, pressão atmosférica, vento e chuva.
      A ação direta do clima sobre os bovinos pode ser através da influência que exerce as condições naturais do ambiente, ou seja, o aparecimento de doenças e parasitos. A ocorrência de parasitos, como carrapatos, bernes, moscas, além de vermes, é bem maior nos climas quentes e úmidos, tropicais. Muitas doenças dos bovinos são peculiares ao ambiente tropical; a tristeza bovina é um exemplo. Esta doença é veiculada pelo carrapato e exige uma premunição natural dos animais. 
     Para viver e produzir bem nos trópicos, os bovinos devem ter uma tolerância ao calor e apresentar características que confiram capacidade de suportar as demais condições desfavoráveis. Ou seja, a pecuária orgânica deve partir da premissa que os animais do rebanho devem apresentar estas características fundamentais para poder expressar seu real potencial de produção.
      Os bovinos originários da Ásia, ou seja, os Bos Indicus, são animais com maior tolerância ao calor, suportam intensa radiação solar direta por apresentar grande superfície corporal em relação ao seu peso, alem disto possuem glândulas sudoríparas numerosas, grandes e ativas, pele pigmentada, pelagem clara ou avermelhada, pêlos curtos e assentados e baixo metabolismo. Normalmente, no Brasil, o “zebu”, é fundamental para o desenvolvimento de rebanhos em sistemas orgânicos de produção.
     Considerando todas estas influências do clima e do ambiente, a pecuária orgânica deve direcionar seu manejo de forma a desgastar o menos possível os animais. A movimentação animal deve ser evitada nas horas mais quentes do dia e quando houver necessidade de movimenta-los, deve-se procurar caminhos frescos, com sombras, e faze-lo de forma bem lenta.
   Considerando também, todos os fatos citados acima, o caminho mais adequado para o desenvolvimento da pecuária orgânica é o melhoramento genético, através de um trabalho de seleção dos animais com melhor resposta a todas as influências do ambiente, é possível atingir um padrão de animais com níveis de resistência as doenças e parasitos, além de animais que tenham produtividade média capaz de viabilizar os sistemas de produção.


Gado Nelore